Todos nós reagimos ao que é ou parece ser diferente.
O diferente pode nos levar à curiosidade, mas também pode nos afastar.
Facto é que, quando o diferente passa a ser conhecido, há grande possibilidade da repulsa encerrar.
Num primeiro contacto com o diferente ou estranho podemos até considerar normal uma atitude repulsiva.
Um exemplo é um bébé que, no primeiro contacto com alguém que não seja próximo, chore ou recuse ser carregado pelo estranho.
Também é verdade que, com a freqüência do contacto, o bébé perca o “medo” e aquele que era estranho ou diferente, passe a ser seu mais novo amigo.
O problema surge quando a repulsa persiste, mesmo depois da pessoa obter informações ou ter mais contacto com o que julga diferente.
Aqui estamos no campo da sobreposição dos pré-conceitos. Isso acontece diariamente na nossa sociedade e no nosso quotidiano, em que muitos (e muitos mesmo), embora reconheçam publicamente que todos somos iguais independentemente do género, opção sexual, religião, cor da pele e origem social, continuam discriminando, construindo e reproduzindo representações sociais carregadas de estigmas e estereótipos.Isso é o que acontece com as pessoas portadoras de epilepsia.
Diferentemente das mulheres ou negros, que carregam no corpo a diferença, as pessoas portadoras de epilepsia não são identificadas pela aparência.
Somente nas crises de epilepsia são percebidos. De modo geral, acredito na falta de informação que muitos ainda têm sobre a epilepsia e suas crises.
A desinformação é maligna e faz com que esses acreditem que a convulsão gerada pela crise epilética seja em decorrência ou de uma abstinência de entorpecente ou da presença “diabo” no corpo.
Não podemos aceitar a atitude daqueles, informados de que a epilepsia não afecta em nada a capacidade intelectual, moral, profissional, etc. continuem a discriminar.
Esse tipo de comportamento não só cria barreiras sociais, mas nos inferiorizam e nos desqualificam socialmente.Além de não aceitar esse tipo de comportamento, devemos combater tais atitudes.
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